Moradora de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, ex-professora de português e diretora aposentada. Essa é Iraci Nagoshi, de 71 anos, condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 14 anos de prisão por estar presente nos atos de 8 de janeiro de 2023. A condenação em questão já chegou ao conhecimento até do bilionário Elon Musk, dono da rede social X, que classificou o caso como “preocupante”.
Iraci ficou presa por oito meses na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Desde agosto do ano passado, ela usa tornozeleira eletrônica. No 8 de janeiro de 2023, a idosa foi detida no interior do Palácio do Planalto, onde se abrigou com o objetivo de se esconder das bombas de efeito moral que eram lançadas. A defesa sustenta que ela não praticou qualquer ato de vandalismo.
A idosa tem problemas de saúde como hipertireoidismo, diabetes e dislipidemia. Após receber a liberdade condicional, ela chegou a ter paralisia em um dos lados do rosto e precisou de tratamento. Já no último dia 4 de março, uma outra questão de saúde afetou Iraci, quando ela precisou passar por uma cirurgia delicada em razão de uma fratura no fêmur.
Foi na mesma data da cirurgia, no entanto, que o STF condenou Iraci a 14 anos de prisão por cinco crimes relacionados aos atos de 8 de janeiro. Com receio de que a notícia fosse impactar na recuperação, a informação foi mantida fora do conhecimento da idosa até o último domingo (17), quando ela soube do veredito. De acordo com a família, Iraci respondeu que “já esperava”.
