Na Santa Casa, a médica que estava no plantão não solicitou os exames necessários para identificar os traumas, pedindo apenas um raio X. (…) A médica que atendeu teve a ousadia de dizer pra minha irmã que a menina estava melhor que ela, pois é uma criança ativa, que não parava de falar
Vailza Viana, tia de Sophie, em post no Facebook
Documento dado pelo hospital à família informava que não foram encontradas “evidências que indicam que o trauma crânio encefálico foi grave”. Porém, alertava que as primeiras 24 horas eram “cruciais” e para a possibilidade de surgirem sintomas. A orientação foi observar a criança, colocar gelo no local do trauma e retornar ao pronto-socorro se o inchaço aumentasse.
Em casa, Sophie teve muita dor de cabeça, vômito e febre de 39 °C, levando a família a retornar ao hospital. A menina passou por uma tomografia, que constatou “concentração de sangue no crânio” e “uma fissura”, contou Vailza. A criança, então, foi colocada em observação.
No decorrer dos dias, Sophie piorou, teve duas paradas cardíacas e não sobreviveu. O óbito foi registrado na noite da última quinta-feira, sendo a causa da morte: “hemorragia subaracnóidea, hematoma subdural, fratura parietal direita, impacto por objeto em queda”.
O rosto dela começou a inchar todo, e não pediram uma ressonância para ver a situação interna da cabecinha dela. Ao passar dos dias, ela reclamando de dor, eles receitaram até morfina de tanta dor que ela estava sentindo, deixaram minha sobrinha ir morrendo aos poucos
Vailza Viana
Santa Casa diz que vai reavaliar conduta
Hospital disse que a paciente passou por “diversos exames” e avaliações de diferentes profissionais. A instituição afirmou em nota ao UOL que vai reavaliar “todas as condutas e decisões adotadas” no atendimento a Sophie.